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Paralimpíada: o esporte como ferramenta de inclusão

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No dia 24 de Agosto começou a edição de verão da Paralimpíada. Modalidade que reúne atletas com deficiente de todo mundo, a competição é um dos eventos esportivos mais importantes.

Na edição de 2020, adiada pela pandemia de coronavírus, os jogos estão acontecendo em Tóquio, no Japão. A edição deste ano contou com a participação de representantes de 162 países, com aumento de três países se comparada à edição anterior, que aconteceu no Brasil.

A natação, basquete em cadeira de rodas e o atletismo são algumas modalidades da competição. Na edição 2020, os atletas brasileiro Claudiney Santos e Beth Gomes bateram recordes no lançamento de disco.

Conheça a história da competição

A primeira edição da paraolímpica aconteceu em setembro de 1960, na cidade de Roma. Com 23 países participantes, o grande vencedor no quadro de medalhas foi a Itália, com mais de 80 atletas premiados.

Ao todo 400 atletas participaram das oito modalidades esportivas. Tiro com arco, atletismo, tênis de mesa e esgrima em cadeiras de rodas foram algumas das modalidades da edição de estreia.

O fundador do movimento foi o neurologista alemão Ludwig Guttmann ao lado do diretor de um centro de lesionados, Antonio Maglio. Os preparativos para a competição começaram dois anos antes, em 1958.

A primeira edição da competição aconteceu seis dias após o encerramento das olimpíadas de Roma. A participação do Brasil só aconteceu 12 anos depois, em 1972. Ao longo da história, o Brasil conquistou mais de 100 medalhas de ouro.

A primeira medalha brasileira foi conquistada em 1976. Hoje a delegação brasileira está entre as grandes potências da competição. Nas últimas três edições, o país ficou no top 10 de nações com mais medalhas.

Com edições que acontecem a cada quatro anos, o esporte começa após as olimpíadas. Hoje, há 22 modalidades de esportes que une atletas do mundo inteiro  que possuem algum tipo de deficiência.

Inclusão de PcDs no Brasil

O termo PcD é a abreviação da expressão pessoas com deficiência, que cresceu de forma estrondosa nas buscas nos últimos cinco anos, de acordo com o Google Trends. Outro termo que se destaca é o “capacitismo”, e está relacionado a discriminação sofrida por PcDs.

Ao longo da história, pessoas com algum tipo de deficiência eram vistas como incapazes e eram tratados como “coitadinhos”. Ter uma deficiência era como um atestado de que aquele indivíduo não conseguiria trabalhar, amar ou constituir família.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 25% da população possui algum tipo de deficiência. A pesquisa de 2019 ainda revela que esse valor corresponde a pelo menos 45 milhões de pessoas.

Uma pesquisa de 2013, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que 441 mil pessoas com deficiência estão empregadas. Se esse número é comparado com o levantamento atual, menos de 1% dos PcD possui emprego.

Ter igualdade de oportunidades é um dos direitos previstos na  LEI Nº 13.146, de 2015. Essa legislação brasileira é a mais recente voltada para a inclusão da pessoa com deficiência. Entretanto, não é o que vemos na prática.

Os benefícios do esporte para PcDs

Além de melhorar aspectos físicos, a prática esportiva impacta de maneira positiva o bem-estar de pessoas com deficiência. Seus benefícios podem ser percebidos na saúde mental e aspectos da vida social.

O esporte também contribui para a autoestima de PcDs, deixando-os mais seguros e com autoconfiança. Outros benefícios estão ligados a melhora na coordenação motora, desenvolvimento de força e equilíbrio.

Competições como a Paralimpíada são mais uma prova da capacidade de pessoas com deficiência. É cada vez mais importante encontrar PcDs ocupando espaços, seja no mercado de trabalho ou nos esportes